sexta-feira, 8 de abril de 2011

[sem título]


E pra falar a verdade esse desejo de renovação é tão inerente, ardente, feito chama... é a atividade ômega de um belo futuro. Eu não estou em transe, meu estado não é onírico e tampouco sofro da síndrome do cativeiro, estou vivo! Um dia páro de ler esse horóscopo que só sabe generalizar tudo; como ser-vivo, transito, continuarei avançando porque esse é o meu espaço-tempo, me deixa ser e vai sendo...

Um comentário:

  1. Era uma vez um unicórnio que queria ser leão. Fugiu dos míticos campos, deixou os encantos para trás, buscou a selva de si. Tentou serrar o chifre, não conseguiu. Rugiu e forçou sustos em quem por ventura passasse. Tanto-tanto tentou, pouco efeito surtiu. Comeu carne vermelha (pra cuspir logo em seguida, ainda que com cuidado pra ninguém notar o mico. Não era mico que queria: o desejo é ser leão). Passava noites inteiras demarcando território. Mas só numa quinta-feira de um ano bem bissexto, folheando seu jornal e mergulhado em frustração, descobriu: a seção de horóscopo dizia que o leão que tanto queria, tanto tentava ser, nem precisava nascer: já habitava, afinal, em ascendência, quietinho e desde antes, os caminhos errantes do seu certo mapa astral.

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