sexta-feira, 8 de abril de 2011

[sem título]


E pra falar a verdade esse desejo de renovação é tão inerente, ardente, feito chama... é a atividade ômega de um belo futuro. Eu não estou em transe, meu estado não é onírico e tampouco sofro da síndrome do cativeiro, estou vivo! Um dia páro de ler esse horóscopo que só sabe generalizar tudo; como ser-vivo, transito, continuarei avançando porque esse é o meu espaço-tempo, me deixa ser e vai sendo...

[sem título]



"inventa a contra-mola que resiste". Cabeça, coração, o instinto de liberdade, junto tudo isso ao alvoroço que é a emoção de romper um momento, de largar coisas velhas que não mais se somam e percorrer, parando apenas nos pontos certeiros, guiado até o fundo pelo profundo aroma da liberdade que tenho começado a sentir.

Eu sei, você quer saber o que ocorre dentro do meu mundo, por favor, não espere de mim frases bem explicadas, com todas as vírgulas, exclamações e ponto de resposta fixa, afinal, sou frase de triplo sentido. Arre! Eu sou o caos, o medo, sou tanta coisa junto, separado, coração, partido. Eu sou a mutação dos sinais de pontuação, sou a curva que trasforma a exclamação em ponto de interrogação.

[OS VERBOS]

Minha psiquê,
querer eterno,
querer sem o saber,
querer poder,
porder ser sábio,
...saber quem sou,
e sendo
continuar a Ser!

[TUDO É APENAS UM]

Abre o peito, preenche o vácuo, doses diárias de cimento, sentido, sentimento. Tudo aquilo que não nos apaixona automaticamente nos desinteressa. Nesse mundo "partido", "quebrado", "dividido". Prefiro o unido, aliado, reunindo o tudo, deixando as partes, recusando as migalhas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

[QUE LOUCURA]


Meu latido em palavras, a complexidade atenuada dos significados que me traz, submerge-me ao mergulho profundo no lago do abstrato-concreto. Logo, mergulho de modo concreto, em águas abstratas. Sonho. No meu sonho imediatista você não passa de um pequno cadáver um tanto maior que uma figurinha de balas, embalsamado dentro de uma taça de champanhe onde eu deitei meu dente arrancado.
Não arranquei o dente de modo concreto, mas a dor que senti ao arrancá-lo foi imensamente maior de modo abstrato. Alguém me arrancou do sono, giraram a fechadura da porta da realidade, a realidade foi posta pra fora, por ser dura demais e a esperança conseguiu entrar pela porta dos fundos pra atenuar o drama real das coisas.
Pinto a esperança porque é melhor pintar a esperança do lado de dentro da minha realidade do que deixar o horror penetrar em mim através da porta dos fundos.
Pinto a esperança, as portas, o sonho, a realidade, acredite, quando se pinta sonhos é possível flutuar. é interessante flutuar, flutuar traz aquela sensassão de "paz celestial", o que imagino ser bom para mim, que não usufruir da felicidade luminosa, tinha a impressão de me enterrar lentamente, num sono ou numa briga matinal entre irmãos no centro espiritual da terra. Mas passou, digo, a impressão passou. E ficou a tristeza de toda essa bagunça imaginada e expurgada pelo cérebro.
Tristeza, que vá para puta que a pariu à tristeza. Asas, voo, viajar ao lugar onde os santos devem gozar um medo terrível e os pecadores tem a necessidade de coopular seus mais enrijecidos desejos.

[UM MUNDO IN-VITRO]

E vou conhecendo as pessoas, e vou chegando com cautela, é preciso cautela sim, para evitar equívocos e preconceitos, é preciso ir devagar, equivocos e preconceitos são difíceis de corrigir.

Diante dos problemas, prefiro contabilizar as alegrias, a felicidade e a tristeza são caminhos do devir. Nascer e morrer, sou alma, torno-me terra, amalgamo-me a água e retorno a persona, para contabilizar as alegrias, sempre.

O bom é ser alegre, sim, como os pássaros no céu, sei que é inévitável chorar e sofrer, mas chorar e sofrer é viver. Prossigo, e agora mais do que nunca vou mudando a minha forma de ser e assim exerço meu despótico poder.

[INUTILIDADES]


Inútil em cada palavra lida.
Inútil, eu sentado aqui e tu deitado.
Inútil porque inutilmente tento tudo fazer tudo pensar tudo escrever.
Inútil o boa tarde ao vizinho.
Inútil alarde.
Inútil o cigarro que acendes e inalas a plenos pulmões, não penses que aceleras a morte ou abrandas a vida, elas sempre estiveram aí e acontecem quando acontecem sem fatalismos ou estradas traçadas.
Inutil essa sua virilidade externa, inutil toda essa feminilidade interna que escondes.
Inútil o sorriso aos pés da escada e o teu amor ao cimo.
Inutil na cozinha, na rua, em cada esquina, em cada bar.
inútil a todas as horas, inutil o silêncio, inútil o braço esticado pedindo outro braço que se junte. Inútil, um corpo na beira do abismo, inútil piloto de uma vida.
Inútil o dinheiro acumulado para sete vidas se uma única te cabe inutilmente.
Inútil a conversa virtual e o amigo aí tão perto, basta comprar um bilhete virtual para um lugar virtual junto a uma janela virtual ao longo da melhor das paisagens possíveis neste melhor dos mundos possíveis.
Inútil mundo virtual!
Inútil anormalidade, inútil homem, pior dos desastre, inútil beijo, inutilidades terrenas que meu coração limitado anceia mais e mais e mais. Inútil, estrela fora dos eixos e em queda, caindo, cair!
O que eu posso falar, será falado e repetido, sempre: deixa-me por aqui
o cigarro entre os dedos
perdido nos meus medos
em busca de ti.

[F5]


Não sei encontrar a coerência, preciso portanto que a coerência me encontre. Um, dois, três: onde estará a justiça, em fazer bem aos amigos e mal aos inimigos ou em fazer mal aos amigos e bem aos inimigos, ou ainda, em fazer bem aos amigos e bem aos inimigos ou fazer mal aos amigos e mal aos inimigos?

Caminho, acelero os passos, corro desesperadamente. Paro por entre as vielas do meu inconsciente e mesmo parado sinto tudo se mover, sinto o corroer, o movimento, a desordem. Buscando respostas, respostas rebuscadas, aprimorando o grande armário consciente, limpando e atualizando o ser.

[MEU BLOCO NA RUA]

Vou partir para afetos e rumores novos. Não quero mais tuas flores, não observo mais teus astros; galáxias caiam e que se exploda toda a crença nessa ordem. E que se mova a minha razão para a crença no infinito. Sentimentos desregrados, silêncios escritos e noites em branco, de cetim.

[EXCESSÕES]

E tenho vivido mais de excessões do que regras, sou o "antagonismo andante", poucas pessoas compreenderam o que quero dizer com isso. Nossas estradas tenderão sempre a um fim, antes que chegue o meu fim, quer dizer, o final de minha estrada, a única pessoa que eu gostaria de ter conhecido muito bem, sou eu mesmo. Incompreendido por outros, mas preciso saber, de mim mesmo, essa é a meta mais digna de cada ser humano.

O Ser chamado:

Homem, trêmulo, prestes a fugir diante de qualquer ruído que o impressione: OBJETO/ DESCONHECIDO/ AGIL/ FISICAMENTE/ FRACO/ UNIFORMEMENTE/ FORTE/IMPRESSIONANTEMENTE/ DÍSPARE/ ESPETACULARMENTE/ BIFÁSICO/ ENERGICAMENTE/ PRÁTICO/ CALOROSAMENTE/ FRIO/ POETICAMENTE/ POTENTE/ FIXAMENTE COMPRIMIDO NO PLANETA TERRA/ ESFERICAMENTE/
QUADRADO.
HO...MEM/CHAPADO/MORGADO/EXCESSIVAMENTE/ AMADO /LIGADO/DEMASIADAMENTE/ODIADO/DESLIGADO.

Para lembrar ao meu eu lírico que estou vivo!


Estou no escuro, me disseram por ai que já amanheceu
e eu me sinto adormecido tentando despertar meus planos
e abrir a janela do quarto para ver a manhãzinha.
Tudo é chegado, e assim os vou levando, para onde não chego aproximadamente.


As vezes penso que não nasci para ser amado, mesmo diante dos olhos mais sinceros que dizem me amar.
Também não nasci para ser odiado, prefiro flutuar na neutralidade comum dos olhos dos curiosos.
Planejo de tempo em tempo a minha felicidade, não tenho a menor idéia das explicações. Felicidade minha é, arte provinda meticulosamente de meu substrato, o ser. E "ser" é achar a oportunidade de se recriar e buscar o que é próprio do homem, o "ser, relativamente, louco". É ter toda uma vida e ter também a sensação de não tê-la vivido completamente.

E para mim tudo está humano demais, ultimamente Nietzsche tem sido o meu consolo e a razão do meu choro, porque não basta esta vida, tal qual, tenho vivido. Esse poço assim de mágoas, felicidade minha que outrora falei, passou ligeira, as coisas deliciosas são rápidas, são ligeiras, mas nem por isso deixam de ser contabilizadas.

Cabeça, turbilhão de idéias, memórias, afetos! Todavia estou bem certo, de que surgir para esse mundo para ser estranhado e ensaiadamente desejado.
Se a vida é isso, vamos em frente, prometo arrancar o broto da incompreensão e da desilusão. Sei lá, vou buscar alguma coisa para fazer o tempo passar, voando, criar cenas de espiritualidade, esoterismo, conversa-fiada, engana-bruxa, criar uma sala de bate-papo entre o copo e a alma, eu diria, é algo essencial nos tempos modernos. Deixar um, dialogar com o outro, para liberar a tensão dessa busca infinita pelo prazer. O melhor mesmo é dar bebida para o corpo, anestesia geral para a alma, pouca importância para o que está se passando e sair por aí cantarolando atento para não esqueçer de nada, de nenhuma letra, de nenhum fonema da canção. Não mais calculo o meu tempo como se fosse infinitamente extenso, tudo é fugaz, eu não me deixo enganar e prendi a "não desejar o que não existe". Estou sublinhando as metas de maior prioridade e, lutando para não mais ter que adiá-las, tô indo para qualquer lugar desde que seja em frente e penso que todos temos que agir assim, mesmo cheios das dúvidas de aonde isso vai terminar, eu sinceramente torço que nesse caminhar as felicidades breves e deliciosas tornem-se alegrias eternas, torço para que os meu amigos, da noite não esqueçam os risos e que no final, como neste aqui, saiamos do escuro para brilharmos em um outro panorama, sem esquecer dos riscos, corajosamente arriscar-se, sendo esse o primeiro passo para a liberdade de não ter que se perder em uma vida não usada.

[bobagem]

Elos de liberdade constroem minha corrente, tudo o que me constrói não me define, meus ossos roídos, os gritos contidos, um furor sem fim. Quero cores [vida nublada], quero luz [luz apagada], quero sorriso [lágrimas cálidas], quero amor [oh solidão]... ai, quanta bobagem, quero, nada não!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

[+ ou -]

[+ ou -]
Eu vou somando o que some. E me con[sumo] confundindo o preço e o valor, nada rima, nem mesmo a palavra, amor.